Fases da sexualidade para Freud

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As Fases da Sexualidade foram um termo designado por Freud, para que possamos entender como o ser humano se desenvolve sexualmente. E assim, tornam-se um adulto de acordo com suas vivências em cada uma dessas fases. Mas quantas fases da sexualidade existem e quais são elas?

Neste texto será abordado exatamente este assunto. Para que assim, você possa entender o que é a sexualidade infantil e por quais fases da sexualidade a criança passa. Continue lendo e descubra tudo à respeito.

Sexualidade Infantil para Freud

Não é possível compreender o que é psicanálise sem entender o papel central da sexualidade na teoria de Freud e dos maiores psicanalistas.

A visão conservadora a respeito da sexualidade infantil durante o século XIX foi fortemente abalada pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud sobre este tema. Uma vez que segundo a visão corrente de então, a criança era vista como símbolo de pureza, constituindo-se em um ser assexuado.

Gradativamente, malgrado ainda alguma resistência, a sociedade vem se familiarizando com as muitas formas de expressão da sexualidade infantil. Aos poucos, torna-se claro que tal sexualidade evolui, apresentando-se em fases ou etapas de desenvolvimento. Às quais Sigmund Freud denominou de fase oral, anal, fálica latência e genital.

As fases da sexualidade que fazem parte do ser humano, estão bastante difundidas nos meios de comunicação. Isto possibilita aos pais que reconheçam o modo como estas fases da sexualidade operam em seus filhos. No entanto, ainda restam muitos equívocos no modo como eles lidam com esta questão.

Para muitos pais, ainda causa espanto saber que os filhos, por exemplo, praticam a masturbação. Também é comum fornecerem explicações parciais ou inverídicas para as clássicas perguntas dos filhos referentes ao campo da sexualidade.

As fases da sexualidade

A princípio, a sexualidade na criança é definida como masculina ou feminina. Passando então por um processo de modelagem em que atuam inúmeros fatores sociais, históricos e culturais que visam modelar esta sexualidade.

Para Sigmund Freud, a sexualidade é definida como um instinto presente desde o nascimento, não se restringindo à noção de erotismo. Vamos listar idades em que essas fases costumam ocorrer. Mas essas idades podem variar a depender da criança e dos autores comentadores de Freud.

São fases do desenvolvimento psicossexual, que passamos a estudar a seguir:

1. Fase Oral (entre 0 e 3 anos)

A boca é a região do corpo que proporciona maior prazer. Por esta razão, a criança tende a levar tudo o que encontra à boca. Uma vez que é pela boca que a criança pequena entra em contato com o mundo. Nesta fase, o seio da mãe é o principal objeto de desejo para a criança. Não apenas por ser sua fonte de alimento, mas também por ser a sua forma de satisfação.

Durante a fase oral, a principal fonte de prazer sexual é a boca. Os bebês têm um forte desejo de explorar o mundo através da sucção, o que é associado ao prazer pela saciedade durante a amamentação. Além disso, a mordida e a lambedura de objetos também são características desta fase. É como se o bebê só pudesse conhecer de fato aquilo que provado pela boca, o que tem um caráter ambíguo entre amor e aniquilação.

2. Fase Anal (entre 3 e 6 anos)

Neste período, o ânus passa a ser a principal fonte de satisfação, fase em que a criança busca obter controle sobre os esfíncteres. Esta fase sexual é marcada por uma ambivalência, em que, adquirindo o controle sobre o processo de defecação, pode oferecer à mãe o seu produto.

Seja este produto ora como presente, ora como sinônimo de agressividade. Neste período, inicia-se a noção de higiene. A forma como a questão da higiene é conduzida pode influenciar decisivamente a forma como o indivíduo se portará durante a fase adulta.

Na fase anal, a criança experimenta prazer ao eliminar ou reter fezes. Ao eliminar fezes, o bebê se satisfaz por ter a atenção dos pais ou cuidadores. Ao reter fezes, sente prazer tanto corporal quanto psíquico.

Essas fases do desenvolvimento psicossexual são consideradas um aspecto fundamental da teoria da sexualidade de Freud e têm sido criticadas e reavaliadas ao longo dos anos.

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    3. Fase Fálica (entre 3 e 6 anos)

    Durante este período, a atenção da criança é voltada para a região genital. Inicialmente, a criança imagina que que ambos os sexos possuem pênis. Impressão esta que, uma vez desfeita, dá origem às assim denominadas “teorias sexuais infantis”. Nesta fase, a criança descobre a diferença entre os sexos e a presença do pênis ou da vagina.  É quando se torna possível que a criança possa imaginar que as meninas tenham tido seu órgão arrancado (complexo de castração). Embora muitos destes conceitos, principalmente em relação às meninas, não tenham sido confirmados e muitas vezes não são aceitos por grande parte dos psicanalistas.

    Também é neste período que surge o complexo de Édipo, que é apresentado por uma forte atração que a criança apresenta via de regra pelo genitor do sexo oposto (o menino: pela mãe; a menina: pelo pai), enquanto nutre sentimentos de ódio pelo genitor do mesmo sexo (o menino: pelo pai; a menina: pela mãe).

    4. Fase de Latência ou Período de Latência (dos 6 anos até início da puberdade)

    Neste período, que se estende até o início da puberdade, a sexualidade da criança passa por um período de ‘aquietação’.esta fase caracteriza-se pela sua energia libidinal que é deslocada para atividades socialmente aceitas, como atividades criativas e escolares.

    No período de latência, a sexualidade fica de certa forma reprimida. Não há uma parte do corpo especialmente sensível que seja o foco da criança. O foco está no desenvolvimento social e intelectual da criança.

    5. Fase Genital (da puberdade em diante)

    Esta fase ocorre com o início da adolescência e é caracterizada por uma retomada dos impulsos sexuais. Neste período, ocorre uma forte transição no comportamento do adolescente, que vivencia a perda das características infantis. Definindo então a sua identidade, diferenciando-se dos pais, para assumir uma identidade adulta.

    Na fase genital, a sexualidade desperta de novo. Desta vez, direcionada ao objeto sexual considerado maduro.

    Conclusão: as fases da sexualidade humana

    E importante ressaltar que estas fases da sexualidade nunca se dão de forma estanques. Ou seja, elas nunca estão dissociadas. Existe mesmo uma interpenetração entre as mesmas. É possível, portanto que crianças pequenas queiram examinar os próprios genitais ou dos amigos.

    Por parte dos pais, é necessário encarar estas cenas como naturais, específicas do momento psicossexual que a criança vivencia. Evitando então aborrecer-se ao serem por demasiado severos.

     

    7 thoughts on “Fases da sexualidade para Freud

    1. Valdeci Cardoso Vieira disse:

      Muito bom o estudo, mas deveriam está incluído as idades correspondentes de cada fase, isso ajudaria o leitos ter uma noção maior do desenvolvimento da personalidade

    2. Mizael Carvalho disse:

      Um assunto muito complexo, até aos dias de hoje! Quando o Dr. Freud, levantou essa ideia da sexualidade infantil. Eles só não jogaram pedra nele. Mas teram um certo despresso, afastando-se dele. Mas penso que temos que continuarmos falando sobre o assunto.

    3. CASSIO RIBEIRO MUYLAERT disse:

      Boa tarde.Escrevo porque já estando no Curso como aluno.recebo artigo de 2017.Gostaria de saber como atualizar o conhecimento. Att

      1. Psicanálise Clínica disse:

        Cássio, tudo bem? Todo dias publicamos de 2 a 3 artigos novos. Você pode ver todos os artigos (organizados por “mais novos primeiro”) na página do nosso blog de psicanálise (aqui). O material do Curso (apostilas, vídeos e lives) têm atualização constante.

    4. Maria da Conceição Vieira disse:

      Muito interessante o conteúdo, mas deveria ter exemplo mais concreto para ser identificado cada fase.

    5. Marcia Aparecida Cavallaro disse:

      O curso é completo, me formei como psicanalista e estou feliz exercendo minha profissão. Esses posts são curtos, porém o curso é completo e toda e qualquer dúvida é esclarecida.
      Se quiser saber mais sobre psicanálise, se inscreve e faça o curso. Não é necessário atender como clínica, só para seu bem estar e conhecimento já é um grande investimento.

    6. ANTÔNIO GERALDO COELHO disse:

      Bom texto, esclarecer sobre a sexualidade em Freud, de modo bem sintético.

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